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O ateu começou a exaltar-se um pouco, por causa da nossa indiferença em relação à sua posição “religiosa” e por causa disso, o grupo começou uma discussão acalorada, sem ideias filosóficas e com algumas um pouco baralhadas. Ficou claro que ateu, é aquele que não acredita na existência de Deus. Demonstra-me que Deus existe, exigiu o ateu. Então…demonstra lá tu que Ele não existe, replicou-lhe um outro. Demonstrar “racionalmente” a existência de Deus, ao modo das ciências exactas, é impossível, mas mais impossível ainda, é demonstrar que não existe. Para o crente, Deus está fora do tempo e do espaço, por isso “não existe” como existem todas as outras coisas, mas existe e manifesta-se nessas coisas. Pelo contrário o descrente, exclui das suas considerações, o que não está no tempo nem no espaço. Longe de mim querer convencer seja quem for “com razões” em temática religiosa, política partidária ou do foro do futebol, seria perfeitamente inútil. Nestas matérias, ou nos convencemos sozinhos, ou não nos convencerá ninguém. Nós apenas colocamos em cima da mesa alguns argumentos, que acabarão por ser sempre deficientes para por si, convencerem alguém. Um ateu actual é um crente com fé: acredita que o que existe é auto-explicativo, coisa que a ciência não conseguiu nunca provar. Qualquer encadeamento de ideias, invoca princípios improváveis e os mesmos problemas levantam-se sobre os que defende as ideias cujas verdades são indemonstráveis. Se a ciência é baseada em princípios indemonstráveis, porque razão alguém exige demonstração para aceitar a existência de Deus? – Não é suficiente a observação das maravilhas do Universo e dos seres que o habitam? – Não são suficientes os milhões de pessoas que vivem só e para Deus? – Estão todas enganadas? Olhem para onde aparecem os sinais de Deus: Igrejas, catedrais, Cruzes nas estradas, livros, pinturas, poesia, música, além de a sentirmos nos nossos corações. Chesterton dizia que “quando um homem deixa de acreditar em Deus, passa a acreditar em qualquer coisa”. Vista esta razão à luz da experiencia, alguma verdade deve estar nesta afirmação. A fé pouco tem a ver com a razão, ultrapassa-a mesmo, desse modo não ganhamos nada em perder tempo, tentando provar logicamente a verdade de uma qualquer religião. Se na terra desconhecemos quase tudo: não sabemos o que é electricidade, o átomo, a força, o homem, as aves…significa que desconhecemos e não conheceremos jamais, a verdade última de qualquer ser ou fenómeno. Outra coisa é conhecer e aproveitar algumas das suas propriedades, tais como por exemplo a electricidade ou a força. O homem não pode obter a própria Fé por si mesmo, dá-a Deus a quem a pede com humildade. O ateísmo desde há milhares de anos que se debate com um “não” que o deixa insatisfeito e num futuro sem qualquer abertura, sem nenhuma luz. A sua raiz é negativa: Não ! – E com esta raiz nem uma simples erva nascerá. Santo Agostinho dizia que “o homem é um saco de desejos”. Desde o princípio da História, o sentimento religioso travou essa tendência dos desejos: não matar, não mentir, não cometer actos impuros. As restrições e os mandamentos positivos: “Amarás a Deus e aos outros teus semelhantes”. Negar a Deus implica sérias consequências imprevisíveis: a) Se não há Deus, se Cristo não existiu, se os seus Evangelhos não são verdadeiros, se os seus mandamentos não nos obrigam; então…tudo é possível! – Eliminado o sentimento de Deus, desaparece o da culpa e com ela o dever da autocontenção. Os desejos de uns, chocam com os desejos dos outros, deixando-os expostos às represálias. Para além disso, nós os cristãos, teríamos de reformar mais de 2000 anos de história. b) Ninguém pode comportar-se totalmente, como se Deus não existisse. Pois os desejos de cada um, desencadeados colidiriam com os dos outros e a sua satisfação acabaria por tiranizar os outros. A sociedade converter-se-ia num abrigo do crime generalizado. Por outro lado, os desejos libertados, provocariam, com a sua multiplicidade e contradição entre eles, um aumento paralelo de medo e angustia, até deixar completamente desorganizada a psique do individuo. Ambos os efeitos, manifestam a punição dos deuses. c) Em democracia, podem impor-se normas que regulem as relações humanas. Este problema tem ocupado uma grande parte do pensamento ocidental. Mas as normas têm retirado delas todas as referências religiosas, são meras convenções sociais, que a seu tempo podem ser colocadas, alteradas ou removidas. As normas divinas são essencialmente eternas. O homem fraco, aceitaria as convenções por medo da sanção social, mas o homem forte e corajoso, poderia recusa-las. Poderiam recorrer à violência e ao não terem as normas outra base que não a conveniência, salta à vista a possibilidade de serem substituídas por outras arbitrariamente. Mas Cristo disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. Quando se prescinde Dele, desaparece o norte da nossa bússola moral, e a angústia existencial, apodera-se dos homens e mulheres de hoje. d) O relativismo sobre o que é a verdade ou não, bom ou mau, feio ou belo…do pensamento actual, conduziu em grande parte ao afastamento de Deus. A verdade absoluta não existe, os meios de comunicação social tem certificado o seu óbito. Existem no entanto verdades absolutas: 2+2=4; Cristo existiu, além disso, o relativismo apresenta uma contradição insuperável. Quando dizemos que “tudo é relativo”, expressa-se uma afirmação absoluta. Se se afirmar que “tudo é relativo”, então a mesma frase é relativa e sem sentido e acaba destruindo-se e perde a sua validade. Como a civilização judeo-cristã, ocidental e europeia está mergulhada no cristianismo, a negação de Cristo obrigaria honestamente, a que a mesma fosse substituída por uma outra civilização. Por qual? e) Na realidade, os ateus integrais sempre foram e são muito poucos ao longo da história. Pessoalmente não acredito que não creiam num Deus, nem que não queiram acreditar, pois isso conduziria uns quantos a mudar a sua forma de vida, para o que certamente muitos, não estariam dispostos. Não creem até que uma desgraça os atinja ou estejam perto da morte, então, quase todos levantam os olhos ao céu ou pedem para se confessar, pedindo perdão da sua vida. Os exemplos são numerosos. Encuentra/Alejo Fernández Pérez Sección: HYPERLINK "http://encuentra.com/seccion/ateismo/" \o "Ver todas las entradas en Ateismo" Ateismo Tradução livre de MAM Cfq}„•ÄÅ¼ Õ ê ë 6 V Ÿ 5grË./ çÓ¼¨Ó¼Ó”Ó”Ó¼€l€Ó€T€T€=¨,h…vÚhï`B*KH$PJ\^JnHphtH/h?) hï`6B*KH$PJ\^JnHphtH&hÿ9ÞB*KH$PJ\^JnHphtH&hï`B*KH$PJ\^JnHphtH&hÂ&B*KH$PJ\^JnHphtH&h?) 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